A violência em contos de Veronica Stigger
Neste trabalho discutimos as obras Gran cabaret demenzial (2007) e Os anões (2010) da autora brasileira contemporânea Veronica Stigger, situando-as na série literária que elege a temática da violência e a qual se poderia denominar realismo refratado (Pellegrini, 2012). A pesquisa evidenciou que o...
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Publicado: |
2019
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Acceso en línea: | https://bdigital.uncu.edu.ar/fichas.php?idobjeto=12657 |
Sumario: | Neste trabalho discutimos as obras Gran cabaret demenzial (2007) e Os anões (2010) da
autora brasileira contemporânea Veronica Stigger, situando-as na série literária que elege a
temática da violência e a qual se poderia denominar realismo refratado (Pellegrini, 2012). A
pesquisa evidenciou que os contos de Stigger distanciam-se da representação realista da
violência que se tornou paradigmática na literatura brasileira contemporânea e que busca no
real o pano de fundo vívido para a crítica social. Uma vez que o procedimento estético do
grotesco é mobilizado para representar a violência, seus contos escapam da espetacularização ou denúncia direta da realidade. Para sustentar nossa análise, delineamos o percurso da representação da violência na prosa brasileira contemporânea, da década de 70 até os dias atuais, pontuando as principais tendências literárias no que diz respeito aos procedimentos estéticos utilizados pelos autores ao tratarem dessa temática para, posteriormente, identificar o que os contos de Stigger apresentam de dissonante. No desenvolvimento deste trabalho de iniciação científica (Processo Fapesp: 2017/26663-7), recorremos à teoria e à crítica literária que tratam sobre a representação da violência na literatura brasileira contemporânea, tais como Bosi (2002), Candido (1987), Pellegrini (1999, 2004, 2008), Schøllhammer (2007, 2009, 2013); estudos sobre a prosa brasileira contemporânea que dizem respeito ao gênero literário conto, como Bosi (1975) e
Dalcastagnè (2001); estudos de Pellegrini (2004, 2007, 2012) que discutem os esquemas de
representação realista na literatura brasileira contemporânea; e discussões de Sodré e
Paiva sobre o grotesco (2002). |
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